Sentimento de vindicação

Eu achava que eu era uma pessoa horrível.

Não merecedora do respeito e do amor de ninguém.

Eu achava que todo mundo ao meu redor devia me odiar.

Eu achava que existia algo inerentemente de errado comigo.

Eu achava que eu era uma aberração.

Eu costumava até gritar desesperadamente:

“QUAL O MEU PROBLEMA? PORQUE EU NÃO CONSIGO ME ENCAIXAR?”

Eu achava que eu era um zero.

Eu achava que eu era invisível.

Eu achava que eu tinha nascido para ser uma alma solitária amaldiçoada a ficar a eternidade só observando o que se passa ao seu redor.

Mas o pior de tudo:

Eu achava que eu era a única.

Toda a minha vida, eu achava que era a única sofrendo desse jeito e que existia algo de errado comigo.

Pois, o resto das pessoas não parecia ter o mesmo problema.

Especialmente aqueles que pareciam mais felizes, sorridentes, sociáveis e falantes do que eu.

Não, para eles a vida parecia ser tão mais fácil e feliz. Eles sempre conseguiam tudo aquilo que queriam quando queriam.

Enquanto que para mim, era como se eu sempre recebesse carvão de presente de natal.

Então eu decidi que se eu pudesse ser mais como eles, eu poderia ter tudo aquilo que quisesse também.

Então eu tentei...E não funcionou.

Porque a vida não funciona quando você finge ser algo que não é.

Então eu questionei: “Qual o meu problema?”

“Porque eu não consigo o que eu quero?”

Não foi até eu finalmente perceber QUEM eu era, que a minha vida mudou completamente.

A peça perdida do quebra-cabeça da minha vida foi encontrado:

Eu era uma introvertida.

Uma pessoa cujo cérebro reganha energia através da solidão.

Uma pessoa que prefere olhar para a vida do lado de dentro.

Uma pessoa, como Carl Gustav Jung descreve: "Possui uma orientação psíquica voltada para o interior. E por isso se atrai pelo mundo interior do pensamento e do sentimento."

Um vasto grupo de pessoas que são inegavelmente as mais inteligentes, criativas, imaginativas, focadas, humildes e gentis do mundo: Einstein, Hawking, Tesla, Darwin, Newton, Rowling, Gates, Carrol, Orwell, Parks...

Eu sou uma delas.

Esse sentimento de vindicação compensa toda a dor. ♡

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